Greve na Educação de Aparecida de Goiânia tem início nesta terça-feira (29)

Servidores exigem melhorias salariais e regularização de benefícios

Luana Carvalho

4/28/20252 min read

Segundo o Sintego, cerca de 1.400 trabalhadores administrativos e 1.500 docentes aguardam a atualização dos seus vencimentos.

A rede municipal de educação de Aparecida de Goiânia inicia, nesta terça-feira (29), uma greve geral dos servidores. A paralisação foi aprovada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), após a categoria considerar insatisfatórias as negociações com a Prefeitura.

Os profissionais cobram, entre outros pontos, o pagamento do piso nacional dos professores, o reajuste salarial para os servidores administrativos e a regularização das progressões e titularidades. Segundo o Sintego, aproximadamente 1.400 trabalhadores administrativos e 1.500 professores aguardam a atualização de seus vencimentos. A entidade também critica a ausência de uma proposta concreta do município para o pagamento retroativo dos reajustes referentes aos meses de janeiro a abril deste ano.

Sem avanços nas negociações

A última tentativa de negociação ocorreu na segunda-feira (28), mas terminou sem avanços. De acordo com a presidente do Sintego, deputada estadual Bia de Lima (PT), a Prefeitura não apresentou nenhuma proposta efetiva durante a reunião. “Infelizmente, não trouxeram nenhuma proposta nova. Apenas sentaram à mesa, mas não encaminharam solução”, declarou.

A sindicalista também afirmou que espera abrir diálogo diretamente com o prefeito Leandro Vilela (MDB), já que até o momento as tratativas ocorreram apenas com a secretária municipal de Educação, Núbia Farias, e o procurador-geral do município, Fábio Camargo. “Acredito que uma conversa direta com o prefeito pode destravar o impasse”, afirmou Bia de Lima.

Em nota oficial, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia afirmou que a atual gestão, iniciada em janeiro de 2025, herdou mais de R$ 500 milhões em dívidas da administração anterior. Apesar do cenário financeiro, o Executivo municipal destacou que os salários dos servidores estão sendo pagos dentro do mês trabalhado.

Sobre as reivindicações da categoria, a administração informou que propôs o pagamento do novo piso nacional a partir de maio e que estuda a viabilidade do pagamento retroativo dos meses anteriores. Mesmo com a recusa do Sintego, a Prefeitura reiterou seu compromisso com o diálogo e a busca por soluções compatíveis com a realidade fiscal do município.