Aliados classificam semana como a pior do governo e pedem intervenção de Lula na crise com Haddad

A cadeira do ministro da Fazenda está no centro da crise, enquanto a oposição observa de camarote, esperando por uma tempestade no governo

6/13/20241 min read

Nesta semana, marcada por intensas disputas internas e pressões, aliados do governo consideram este período como um dos piores desde o início do terceiro mandato do presidente Lula. No epicentro da crise está o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alvo de críticas dentro do PT e de desconfiança por parte do mercado quanto à viabilidade de sua agenda econômica.

Lula, que desde a eleição de 2022 expressou o desejo de ter participação nas decisões políticas e econômicas, enfrenta agora a cobrança para intervir diretamente na situação. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), destacou que o Lula de hoje é diferente daquele dos mandatos anteriores, sugerindo que o presidente dificilmente cederá às pressões para substituir Haddad por um nome mais alinhado ao mercado. A expectativa entre os aliados é de que Lula possa optar por um perfil ainda mais à esquerda, reforçando sua base no PT.

Haddad, que inicialmente não era bem visto pelo mercado, conseguiu ao longo de 2023 conquistar a confiança tanto dos investidores quanto do Congresso, implementando sua agenda econômica. Esse apoio, construído de forma gradual, está longe de ser uma aceitação automática, refletindo um trabalho árduo e contínuo. Com a crise atual, os aliados esperam que Lula encontre uma solução para estabilizar o governo e assegurar a continuidade da gestão de Haddad na Fazenda.